segunda-feira, 31 de março de 2008

• O bom da enfermidade é o mimo

Tenho recebido milhares de meia-dúzia de votos de melhoras e rápida recuperação, pelos quais agradeço sensibilizado, encantado, quiçá emocionado. Reproduzo aqui alguns desses votos, devidamente acompanhados das mais recalcinofolejantes recomendações alternativas*:

"Ô tesão di hómi! Tome um chazinho de alho com limão! É ótimo e não tem gosto ruim!"
R: Agradeço pelo carinho e digo mais: Mais.
Adorei o tratamento, fiz o recomendado e já estou muito melhor!
P.S.: Tomei a liberdade de acrescentar picanha à mistura e realmente não ficou ruim!

"Denuxito sabor bacon, tem um remedinho fitoterápico, tiro e queda, meu otorrino que me ensinou, muito bom pra pulmão: tome Kaloba"
R: Grato pela boa intenção, mas declino por rigor científico. Se tomar kaloba fosse bom pro pulmão, Rômulo e Remo não ficariam gripados.


"Rômbulo e Êmbulo tomano ka loba"

Lisonjeado, peço para que não se preocupem: embora incapaz de respirar dignamente, o fato de fazer piadinhas idiotas só demonstra que minha saúde está em franca melhora.

Beijos, abraços e encoxadas na pia.


P.S.: Aguardem! Em breve mais mensagens diretamente da missa de 7º dia!

* Os nomes, CPFs, razões-sociais, nomes-fantasia, perímetros do prepúcio e tonalidades do mamilo foram mantidos no anonimato para preservar os depoentes.

• Fluimucildo e mal pago

É. Tô pôdi mesmo.
Voltei ao médico hoje, não teve jeito. Mais 4 horinhas pra uma injeção de 2 segundos e uma inalação de 7 minutos. E ainda terei de aguentar inéditas piadinhas nos comentários, do tipo "E aí? Tomou na bunda?". Nem ousem.
Pelo menos o japa (o único médico desse quadrante do Sistema Solar com caligrafia bonita) mandou bem e concluiu o óbvio, que havia uma infecção a ser combatida.
Só volto ao batente na quarta-feira, o que por si é uma merda. Embora eu seja um apreciador convicto do ócio, gosto do que faço e as pessoas com quem convivo em sua maioria me fazem feliz. Bom seria dar um migué no trampo pra ir Boiçucanga, como diria aquele sábio infografista amigo do Seri. Mas não há alegria alguma em ficar de molho em casa arfando como um cachorro velho de filme de blues.

***
Agora é oficial: 2008 tornou-se o ano da saúde (quase um pronunciamento governamental - ao menos nas metas eu sei que deve ser assim, só não sei se vou cumprir). Apesar do meu velho refluxo gastroesofágico, dos triglicerídeos familiares, da minha mãe recém diabética, minha muié hipoglicêmica e meus 6 cães com sérias suspeitas de cinomose, a boa notícia apareceu:
Meu pulmão, meu arfante e carburado pulmãozinho, tá quase virgem. O médico não notou que sou fumante (a essa altura do campeonato não sei se isso serve como referência, mas...). Em outros tempos eu diria "beleza, então posso fumar mais uns 20 aninhos!", mas não é o caso.
Em resumo, eis mais um ótimo motivo pro puto do Denis (autocrítica em terceira pessoa é mais contundente, não acham?) parar o quanto antes com o mais estúpido dos seus vícios.

A vocês, nobilíssimos leitores, dedico a profunda sabedoria de um dos Masters ófi de tuênti cênturi:

"Saúde
é o que
interessa.
O resto não
tem pressa"


Paul Waist in "Teatcher Raymond's School"

domingo, 30 de março de 2008

• Tô pôdi

Você que odeia tópicos grandes deveria tentar com esse.

Estive meio capenga de saúde desde quinta-feira passada e a coisa toda chegou ao limite neste sábado... era tosse seca, peito chiando, falta de ar, febre que não parava (raramente na minha vida cheguei aos 38º e bati nos 39 dessa vez), enfim... uma merda. Cheguei a pensar que fosse coisa pior mas, por sorte, não.

Hoje me carregaram ao médico, não teve jeito. Não porque sou daqueles que têm medo de hospital (ojeriza não é fobia!), mas eu não estava em condições de decidir sequer isso.

É incrível. Pago 300 paus numa porra dum convênio SulAmérica (aquele do comercial com súperes helicópteros levando você pra desencravar a unha).
Fui ao hospital mais metido a besta da cidade, a referência de saúde da Classe Mérdia da região. Cheguei às 11h e só fui receber a inalação/medicação 3 horas depois. A porra da inalação, a única coisa que de fato me motivou a ir pra lá (uma vez que não fui pra ouvir que o que eu tenho é uma "virose" - "Mesmo? Qual?"); a única coisa que poderia me trazer alívio e que era o que eu tinha ido buscar.
Três horas.
Fiquei arfando como um cão velho das 11h às 14h num hospital particular. Não me acho mais merecedor que ninguém, mas descobri a força da necessidade.
Mais ridículo do que pagar caro pra receber um subserviço, mais absurdo do que precisar pagar por saúde, para além dos impostos, porque o hospital público é outro lixo, é eu chegar num hospital reformadinho, com cara de hotel, piso de mármore e gente desmaiando num domingo banal por falta de atendimento. Por falta de competência. Porque o brilhantismo da administração achou que as sancas de gesso com iluminação gradual seriam mais úteis aos doentes do que um bom atendimento.
Eu compreendo: depois de tanto fru-fru, o que deu pra contratar foi a meia dúzia de garotos mal pagos da recepção incapazes de lidar com público, com saúde e com a burocracia digital a qual chamam "Sistema".
É o novo dogma do planeta. "Tá sem sistema". Deus quem quis. Nada pode ser feito.
Sinceramente não me interessa quem é mal pago, se não dão estrutura aos profissionais, se o convênio paga mal, se médico também almoça: quem não pode não se estabelece e quem representa vai ouvir pelo representado. Principalmente no que concerne à negligência.
Nesse jogo de empurra, azar nosso? Jura, benhê?

Eu via Mony reclamar aqui, ali, tensa, notando a piora, a perguntar.
"Já mandamos a ficha pro médico, senhora" - disse o atendente. "Como você vê, a ficha não está aqui" - disse o médico.
Quando, às 14h da tarde, eu finalmente soube que esperaria pelo menos mais uma hora e que o suposto sistema de triagem (um tipo de pré-consulta que, sozinho, levou 1 hora pra atender-me) não considerou meu pulmão fechado e meus 39 de febre como prioridade em relação aos domingueiros que torceram o pé no futebol (nem os piores que eu, como o velhinho à beira de um infarto precisando de medicação pra pressão, nem as crianças desmaiadas no colo dos pais, etc), usei meu último fôlego.
Invadi a enfermaria aos berros, praticamente chutando os extintores no chão e fiz o mais ridículo dos papéis.
"Quem eu preciso assassinar aqui pra ser atentido?"
Bingo. Atenção.
"Três horas de espera. Eu vou esperar aqui a porra da inalação e se algum filho da puta engravatado* tentar encostar em mim vai ganhar um B.O. nas costas"

Ridículo.
Mas não é que funcionou?
Uma das 6 enfermeiras, duas das quais de braços cruzados, encontrou minha ficha lá num canto. Fui pra sala de inalação.
Estava vazia. Completamente vazia.

A partir disso tomaram uma atitude eficiente:
Trancaram a porta do ambulatório pra evitar novas invasões.

*Agora entendo porque há tantos seguranças. Três circulavam pela porta da sala de inalação. Fiquei encantado. O meliante aqui, com 1,60m e os brônquios implodindo, precisava de três pra garantir que não perturbasse a paz.

Enfim, inalei. Um alívio básico, simples, barato. Saí, passei pelo corredor. O velhinho estava lá, cabeça tombada sob o peito, ao lado do bebê roxinho. Eu ainda tremia e a mão formigava, mas não era da virose.
Deve ser um tratamento experimental: afinal você até esquece que está doente.

Aproximadamente...
Tempo de consulta: 4 minutos
Tempo de raio-x: 6 minutos
Tempo de retorno: 2 minutos
Tde inalação: 8 minutos
Tempo de incompetência: 2 horas e 40 minutos

Agradeço ao Hospital Brasil, a melhor cabana-do-pai-Thomás travestido de hotel da Grande SP, pela graça concedida.


P.S.: Se eu fosse minimamente próximo da incompetência dessa trupe, já tinha morrido de fome. Ocorre que, diferentemente do caso deles, os meus clientes sabem exigir seus direitos. Amanhã mesmo, são ou enfermo e após atender aos meus, ligarei pro convênio exigindo que não pague a consulta. Espero que o médico, único a atender-me com a mínima atenção necessária, receba salário fixo e portanto não seja prejudicado.

sábado, 29 de março de 2008

• Atchooooooo!


sexta-feira, 28 de março de 2008

• Deus potrege os bêbado e as criança

Tenho recebido milhares de 1 comentários elogiosos a respeito do blog, devidamente seguidos por uma suave repreensão à minha brincadeira infeliz com Dioniso/Baco. Faz-se premente, quiçá recalcinofolejantemente urgente, responder publicamente esta crítica pertinente.
"Muito bom o seu blogg!!! kkkkkkk ms acho desrespeito bobo chamar um deus de bibona. pense nisso. bjk"
Anônima gnóstica

Cara anônima*,
Gostaria de pormenorizar esta periquitante questão, mas o tempo ruge, como diria Simba em Hokuna Batata - Volume II.
Quem me conhece sabe que respeito todas as opiniões, inclusive as erradas daqueles que me contrariam (perdão pelo pleonasmo), os quais humildemente perdoo mesmo sabendo que mereciam ser empalados com um provolone de quitanda do Brás. Assim sendo, conflitemo-emos apenas nossos pontos de vista.

Primeiramente, agradeço pelo elogio, mas desrespeito é achar que é desrespeito adjetivar alguém como "bibona". Se eu chamar Hera de "muierona" (mesmo sendo mais seca que boca de maconheiro), creio que Ela não vai se ofender (espero!).
Segundamente, o olhar de criança, o qual toscamente tento preservar dentro das minhas possibilidades, é necessariamente um "profanador". Mas jamais profano. Se a senhora não compreende a risada franca dos pequerruchos que defecam e caminham para nossas pompas, ícones e ritos, então:
a) anda esquecida
b) tá olhando pro dedo que aponta a lua
c) precisa rever seu conceito de participação mística
d) precisa de um passe do Mestre Kaghanda
e) Todas as anteriores

Domingomente, não pretendo medir conhecimentos teóricos sobre este ou aquele mito, mas... pra que conhecer e não vivenciar? Tem certeza de que está a defender uma das únicas representações do divino capazes de rir de si mesmas?
Nobre amiga anônima, tenho a dizer em defesa aos meus jogos que, mais do que sinal da cruz, mandinga e incenso de patchouli, o Sagrado adora rir. Assim como as crianças. Agora monte a ponte lógica. Voilà.

Crianças não vêem a si como distintas do Sagrado. E o Sagrado é o único que pode profanar, inclusive a si mesmo. Crianças riem de Dalais Lamas (e estes adoram, baixam a bola e riem também).
Como diria Raul Seixas, pagar pau não é uma função bem desenvolvida durante a infância. Isso é como pêlo no sovaco, um inconveniente que demora um pouco pra aparecer. Crianças querem saber porque o padre tá de saia e o Jesus tá de cueca na igreja enquanto elas precisam botar 'roupa de missa'; se tinha fedô de cocô de vaca na manjedoura, se o cabritinho estava feliz; se Cristo chorou na hora que martelaram o prego (e perguntam apalpando as próprias mãozinhas, veja só). Elas só querem saber do que importa.
Eu não sou criança senão simbolicamente. E mesmo assim não sei se cabe a qualquer um de nós reprimir aqueles que dizem que o rei está nu porque, afinal, o puto está mesmo peladão. Em todo caso peço desculpas, não pelas brincadeiras e sim por falar sério, tentar explicar e com isso profanar a brincadeira.
Saiba que esta é uma zona famíliar e a prostituição dos pseudovalores continuará pela módica quantia de uma risadinha, afinal sou um De Marchi e devo lesar, digo, zelar pela tradição do Frango com Polêmica.

Um grande beijo e saravá!

*(os nomes, R.G.s e dimensões clitorianas foram omitidos para preservar a identidade).

quinta-feira, 27 de março de 2008

• Ê amor bandido...


"O meu bacon? mal passado, por favor."


Jordy




Assim que eu me recuperar do choque, posto aqui alguma satisfação.

• Em prol do consenso

Uns dizem
que é Baco.

Outros, que é Dionísio.


Mas numa coisa todo mundo concorda:


...


"Que baita bibôoooona!"

quarta-feira, 26 de março de 2008

• A Dieta das Palavras

Não imagino ninguém mais eficiente na perda de peso do que as palavras. Não tem pra ninguém: dólar, popularidade do Lula, famintos da Somália... nada alcança uma cinturinha tão fina ultimamente.
Palavras, naturalmente lights e dadas à vida de pipa, somem no vento com a mesma facilidade com a qual são sopradas. E olha que não tem dado sequer pra arrancar aquele prazer de empiná-las, de prepará-las com rabiolas dinâmicas e ceróis afiados. Fica até mais fácil pros técnicos em palavrismo exercerem seus ofícios, é inegável. Mas.... puxa! Que saudade! Uma mísera capucheta, um balãozinho-galinha...

Não sei como ninguém pensou em publicar na MarieClaire. Pensando bem, talvez os editores não arrisquem com uma dieta dessas porque assinariam assim o atestado de óbito do segmento. "Dieta definitiva: Aprenda a pesar menos do que dizer Eu Te Amo". "Prepare-se para o verão! Diminua as medidas falando muito de nada". "A nova face do vilão: Confira no infográfico como o 'Confie em mim' colesterage no coração".
É. Seria um sucesso. Conquistaríamos finalmente o sonhado mundo esbelto como um sulfite em branco. A palavrinha, nova pérola da culinária nacional: um belo prato francês de 100 gramas. Bem colorido. Tré-chique. Quem já aderiu não compreende o desespero daqueles que saem desse restaurante e correm pra rotisseria, às escondidas.
Alguns podem dizer que estou a desfilar meu velho pessimismo, o que não deixa de ser verdade. Mas também é verdade, porém, que o andar da carruagem muitas vezes independe de ser aceito ou recusado. Nossos ismos, todos, estão mais light também, com zero de trans.
A ressaca dos tempos de Bilac nos fez cortar a pururuca da vida. Era preciso, de fato, enxugar o colarinho do chopp. O desespero foi tanto que, em nome de uma comunicação tranquila, caçamos até o arroz e o feijão. Nem HDL, nem LDL. Foi-se o gosto também, mas não importa: o que conta é entrar no biquini da nova estação (ainda que ele seja feito para alguém bem menor que você). Tudo bem, diminuir-se faz parte do jogo de desfilar, de inserir nossa desnutrição politicamente correta na Nova Ordem Mundial. Que venha a canja rala com Caldo Maggi; acidulante não tem caloria.

***

O Mercado é um modernista por excelência: sempre acompanha as tendências. Os fabricantes de Amizade, os manufatureiros do Amar, todos correram atrás do prejuízo. Mudaram o rótulo, tiraram o significado, escreveram com minúsculas, diminuíram o peso líquido e pumba: lá estava o verbo revisitado a flutuar nas prateleiras. Agora dá pra falar "te amo" 30 vezes ao dia! Dá até pra usar como vírgula, esbanjar sem medo de somar sustânça. Se antes não dava pra botar o verbo no prato à toa, agora dá pra jogar a sobra fora com a consciência tranquila. Acabou-se o pecado do desperdício, dizem.

Perdoem este obeso-mórbido que vos fala: fui criado com a vó dizendo que é bom ser robusto, que saco vazio não pára em pé. Sou um desses imbecis que passam as madrugadas a assaltar vergonhosamente essa geladeira virtual em busca de uma boquinha. É natural, para um retrógrado como eu, cobiçar a guloseimática (ó lá, tô aprendendo) fartura de palavras como "Amigo", "Sinceridade", "Responsabilidade" e outros quitutes auditivos que enchiam o bucho da minha orelha com sua crocância, seus nutrientes, suas oito vitaminas e ferro. Eu sei, mea culpa, estou chorando de barriga cheia. Mas, sabe... é só inchaço, estufamento. Enfastiam e emplastram minha gastrite esses fubás de palavrório descalço, salpicados com Sazon sabor FHC, com guarnição de Caetano em rodelas.
Um dia eu aprendo a fechar a boca, a apenas sorrir e usufruir de um "juro e prometo" desnatado com soda. Sabor ômega-3.

▼ Especial: Maria da Prêula - parte 1

Esta você não vê em Discôveri Chãnel:
matéria exclusiva sobre a triste e tocante
história de Maria da Prêula e sua jornada
por um mundo melhor.



Doca Street
Exclusivo para a A.U.
psicografado por Gesse Valadão
_________________________



Poucos sabem, mas, com a pulverização do poder dos Estados devido à guerrilha no continente africano, aldeias como Umamu Lalejisla, nos arredores de Schindohle-lê, desenvolveram leis próprias para lidar com o caos social.
Umamu Lalejisla, nação lusófona encrustrada no planalto central da savana africana, inicialmente vivia de brisa: foram eles os grandes inventores do sino de vento, produto artesanal amplamente disseminado através das rotas marítimas no período Colonial. Com o passar dos anos e a escacez de bambu, conflitos étnicos e de toda espécie não tardaram a surgir. Assim, além de viver de brisa, os Umamulalejislenses (ou Umasmulas, para os íntimos) passaram a criar leis.
Este é o pano de fundo para a história de Maria Bowomamba (foto), 42 anos, 2 filhas, vendedora de güano. Como todo güanista, Maria possuia a boa estrutura física dos espeleólogos caçadores da especiaria. Seus braços fortes, sempre a escarafunchar no material com sua força descomunal, supreendiam a todos na vila que, boquiabertos, gritavam: "Eita prêula!".
Assim surgiu sua alcunha: Maria da Prêula, a güanista.
Mulher de fibras, ainda ecoava em sua memória, bem como na das 18 meias-irmãs, todas de pais diferentes, a trovejante voz de mamãe: "Maria, homens não prestam. Nunca se entregue a um!"
Maria cresceu e casou-se com José Ruh Ela (à esquerda) quanto o tempo chegou. Zé, hoje com 64 anos, era detetizador, é aposentado por invalidez (alegava-se que não servia ao ofício pois era incapaz de matar uma mosca). Zé e Maria, ou melhor dizendo, Maria e Zé, tiveram duas filhas.


Contexto Histórico
Não poderíamos aproveitar toda a profundidade dessa história sem considerar o panorama. Lembre-se: nunca faça nada, nem mesmo escolha se os seus nuggets acompanham molho barbecue ou caipira, sem analizar o contexto histórico.
É importante ressaltar que, por fins de regulamentação do censo para desburocratização de implantação do novo sistema do IBGE (Instituto BBowomambense de Geografia e Estatística), criado pela tataravó de Maria, homens e mulheres eram considerados membros de nações distintas.
É de igual fundamentalidade compreender que, dada a crise provocada pelos focos de guerrilha por todo o continente, ações antiviolência faziam-se tão necessárias quanto urgentes. Umamu Lalejisla, sempre na vanguarda, introduziu em seus tribunais os sanguessugas antes usados na manutenção da pressão arterial. Ninguém mais, rico ou pobre, entraria num julgamento sem levar consigo pelo menos um sanguessuga. Dizia-se que assim tanto o réu quanto o acusador permaneceriam menos tensos.
Com o tempo, medidas eficientes como essa dominaram a aldeia e promoveram um relativo ambiente de paz na praça do coreto, onde todos sorriam.
Mas não por muito tempo.


Aguarde! Continua na próxima edição.

terça-feira, 25 de março de 2008

• Pai, papai, oh mai díar déri...

Curso de Orientação Vocacional em Família - parte 1:

"E aí, decidiu?"
"Pai, eu quero A Poesia!"

"Ela é peituda?"
"Não, pai... eu quero a Arte, o Enlevo!"
"Péra lá, aí já é suruba..."
"Pai, me escuta, eu quero a Palavra, a Verdade"
"Tem uma Bíblia ali na penteadeira"
"Pai, entenda! Serei escritor!"
"É um bom hobby, fio."
"Profissão, pai!"
"Escrivão ganha pouco, tenta pra Delegado"
"Porra, pai. Nunca leu Whitman?"
"Ele saiu na Forbes?"
"Ele está na alma do mundo, pai!"
"Pô, também queria ir pra NY"
"Pai..."
"Sim, filho"
"Eu te amo."
"Eu também, mas tu precisa arranjar um emprego decente..."

***
Aprendam, senhores:

"Poesia é ter pirão no prato"
Bóris Casoy

• Blog: dados de pesquisa nº3

Da série "Sonhar não paga imposto" parte A

Percebam que algo em torno de 4 pessoas neste blog posta ativamente nos comentários. Considerando que há uma semana atrás apenas eu postava, tivemos um aumento de 300% na participação do público em apenas 7 dias, o que estatisticamente falando representa um superávit de supersucesso inerente. Desse modo, dada a taxa e considerando que o ano tem 51 semanas, temos que 51X300=15.300, ou seja, teremos no nosso primeiro aniversário nada menos que 15.300 leitores a comentar avidamente neste blog, o que implica no fato de que o superávit de supersucesso inerente é subjacente à questão como um todo ou, melhor dizendo, que é bom o Blogger começar a me pagar bem ou me mando pro UOL.

Sem mais para o momento.


P.S.: distribuirei ceroulas autografadas aos primeiros
100 leitores que comentarem. Em cirílico. Medieval.

• Mamãe, mamãe, mamãe...

O importante é haver diálogo!
03h45 AM

M - (braço cruzado)
F - (faz que não viu)
M - Ai, menino...
F - Que foi?
M - Você não toma jeito!
F - Ê caraio...
M - Ainda, filho?
F - Já vou.
M - (bufada com o nariz)
F - Quê?
M - Tá tarde!
F - (respira fundo)
M - você fica aí nesse computador...
F - Não disse que já vou?
M - Vai te fazer mal...
F - Deixa eu morrer então, caraio.
M - Não fala assim!
F - Ma todo dia é essa falação.
M - Mas já tá tarde e você tem que acordar cedo amanhã e...
F- Putaquipariu... de novo...
M - É pro seu bem!

(respiram fundo)


M - Não faz bem ficar até essa hora de zumzumzum.
F - Já vou.
M - Vai nada, sempre diz isso!
F - ...
M - Já tá tarde! Isso é hora de gente tá acordada?
F - Então vai dormir, mãe!
M - seu grosso!

(arrasta chinelo - barulho de cozinha)

F - Ufa.
M - Onde foi que eu errei? O que eu fiz pra você ser assim? A culpa é minha, eu não te dei limites!
F - Ai meu caralho...
M - E quem te ensinou esse palavreado? Mal educado!
F - mãe...
M - Essa máquina! Depois você fala das minhas novelas!
F - Mãe...
M - No escuro faz mal pros olhos, sabia?
F - MÃE!
M - Não grita, vai acordar seu pai!
F - Mãe, olha... papai morreu, isso é um microondas e você tá gagá!
M - O QUÊ?
F - Ontem foi a mesma coisa... vai dormir, vai.
M - Tá brincando? Não me faz isso que eu sou sua mãe, Ronaldo!
F - Mãe, eu sou o Cleberson, o Ronaldo tá morando em Boracéia.
M - Mas... não é possível! Que maluquice!
F - E é. Vá dormir que já levo seu remédio.
M - M-meu Deus! Não tem graça, Ronaldo!
F - Cleberson, mãe. Desde o acidente a senhora vai assim.
M - Acidente??
F - Deixa, mãe. Vai dormir.
M - Não! Começou, agora termina! Como vou dormir com uma coisa dessas na cabeça?
F - Mãe... vai deitar, você vai esquecer em 5 minutos mesmo...

M e F - (silêncio)

M - Você tá me enganando, né?
F - Tô. Vai dormir e me deixa em paz que tô ocupado.
M - Ah sem-graça! Isso não se faz com uma mãe! Você não me respeita!
F - Mas a senhora não pára, porra...
M - E olha lá! Tá clareando o dia até!

F - (dedo no botão)

F - Porra, mãe! Tá bom! Vou dormir! Satisfeita?
M - ah, vê se tem cabimento ir dormir quando o dia tá clareando...


Por isso, lembre-se:
"Se um pinguinho de tinta cair num pedacinho azul do papel, num instante imagine uma linda gaivota voar no céu"
Toquinho

• Serviço de Utilidade Pública: 0800 Antigerúndio

Esta campanha vai estar bombando!


Gerúndio, nunca mais!

Esteja ligando agora e manifestando sua indignação em nosso 0800 que em breve estaremos lhe retornando!


P.S.: Por acaso em site de empresa de Telemarketing a
sessão "Quem somos" se chama "Quem estaremos Sendo"?
Respostas à Redação.

domingo, 23 de março de 2008

• Kaghanda Yan Dandha vos diz:

"Ao deparar-se com a crudeza dos fatos, se liga nos movimento responsa do bagúio"
Matheus 13: Nachtergaele 28
Sri Swami Kaghanda
Yan Dandha
em "Meol Karályo revisitado - Volume III"
Editora "Para Gostar de L.E.R."

- 1250 páginas -
ISBN 0394583904-303



sábado, 22 de março de 2008

• Bad bad topics. No comments for you

Erro.
_______________________________
Infelizmente, o bocó do Denis se comportou de forma inesperada. Esperamos que ele volte ao seu estado normal quando você tentar novamente em alguns minutos.

sexta-feira, 21 de março de 2008

• EXCLUSIVO: DICAS DO GURU

Diretamente da sucursal em Sangri Lá, nossa Redação traz para você os melhores colunistas! A partir de hoje teremos a incomensurável, recalcinofolejante e escalafobética presença do Divino Mestre Sri Swami Kaghanda Yan Dandha, com seus conselhos iluminados, dicas de moda, saúde e beleza.


Dúvidas universais? Questões existenciais? Gabarito do Enem?
O Mestre, Kaghanda Yan Dandha, a vós aguarda!

• "Abraçe seu Eu canalha, covarde e lazarento!"

"Só assim, aceitando-o, sua sombra poderá iluminar-se"

Engraçado, os mesmos psicoprólogos que dizem isso também afirmam que não se pode entrar numa relação pensando em mudar o outro...

Como diria Louis Pasteur:
"Assim sim, mas assim também não"

• DepoiMenthos do dia:




Prestigie você também!

• Conclusão deveras sobremaneira do dia - nº2:

Durma-se com um barulho desses:

"Saco de salgadinho foi

feito pra f* com gordo"
Geração Saúde-se



Croc croc croc croc croc croc croc croc croc...


Aos Designers primogênitos das damas do baixo meretrício que inventaram essas embalagens, nossos sinceros agradecimentos.

• Conclusão deveras sobremaneira do dia - nº1:



"Tópicos grandes
não dão IBOPE"

• Nicolau Maquiavel (☆1469 - † 1527)

"Ma sarà mia colpa se così è?"
Nicolau Maquiavel



N. do B.: Nem é minha culpa se o teclado dele não tinha acento...

• Amigo-minoria

Já que estamos em época de enchente, "let's rain on the wet again", como diria São Pedro - the Zelator (que provavelmente não tinha mãe, pois a minha enchia o saco quando eu largava a torneira aberta).

Tô curiosíssimo a respeito das lições de vida dos Fofuxos do Bem, essas pessoas maravilhosas que, quando questiona-se o que fariam se estivessem armadas e encontrassem o estuprador da filha, sempre respondem com mensagens de perdão mui centradas (embora não cause repúdio a idéia de estarem armadas). Essas pessoas, meus não-solicitados pero siempre bienvenidos faróis de proa, iluminam-me por entre as brumas da minha ignorância.
Mas quase sempre deixam mais perguntas.
Por exemplo: como é ter "vários amigos gays"?

Deve ser como ter amigo preto, amigo judeu, amigo minoria. Eu não sei. Eu sou amigo do Mario, do Claudio, do Vini, da Angelita, do Dedé, do Galego, da Illênia, do Tuco, do Gil... Até do Demétrio eu sou amigo. Mas amigo de gay... taí, complicou. A maioria dos meus é só amigo mesmo. Dedé por acaso é negão. O Claudio é mameluco. O Tuco dizia que era judeu, mas tinha cara de Talibã. O Gil é gay. O Demétrio eu não sei, mas leva mó jeitão. Preciso aprender a usar isso. Pra variar, tô por fora da Nova Ordem Mundial.
Ei, não inveje minha sorte, você não sabe mas bem pode ter xupermiguxos. Faça o teste: pergunte-lhes sobre preconceito. Voila. Esses Labradores do Novo Milênio, que sempre têm muitos amigos-gays, alertam: "Não fique ugly in the picture, bote hoje mesmo essa gentinha na sua rede de contatos!". Agradeço por apontarem minha pessoalidade arcaica, chula e primitiva. O trouxa aqui não gosta de preto, não gosta de viado. Nem tenho motivos. Eu gosto Daquele, Desse. Minha sofisticação tem o valor nutricional de um churro, ainda não cheguei ao estágio de ser amigo de adjetivo.

Cá entre nós
Não sei vocês, mas... embora eu seja simpatizante do A.T.T. (Amigos Também Transam) e acredite que amigos sejam amantes para além de qualquer libido, não me lembro de já ter pensado neles no sentido trepadorístico da questão.
Sendo assim, cá com meus botões (por pura falta de fofuxos do bem pra guiar-me), pergunto:
UADERREL me interessa o que eles fazem com seus buracos?

Nada de tucanês pra inglês ver; não me entenda mal. Eu daria um piau na orêia do Clodovil com muito gosto e sem dó. A questão é que os motivos seriam outros: importa-me o que interfere na minha vida.
Apesar de sua natureza, sexo me parece muito mais uma questão de gosto do que os hábitos alimentares (quem come sarapatel, por exemplo, deve comer até carpete e isso sim é inadmissível. Credo). Então, a menos que eu possa criar um apartheid contra comedores de buchada de bode só pra reabraçá-los em nome da paz universal,vai ficar difícil. Mas não importa o que eu acho, importa o que eu preciso fazer para tornar-me cidadão
politicamente correto da Disneylândia. Vamos lá.


>> Confira no infográfico: O Tabuleiro
Temos esses dois extremos pelos quais navegam os xupermiguxos: de um lado a tolerância de poliuretano extrudido (às custas de muito, mas muito sopro); do ,os mil e um poréns sobre dizer com quem andas pra que vos digam quem és. Há sempre o risco, nesse crêizi uôrl ófi maigódi, de que teus iguais te vejam como semelhante aos diferentes. Essas coisas derrubam reputações, famílias, cargos e até torres. Menos tabus.
Você, meu caro legumão, em qual panela quer estar?
Não reclame, ficou mais fácil decidir: o tom de pele, a opção sexual, a crença... foi tudo posto no mesmo tacho (e melhorou - antes eram colocados no tacho dos bandidos, junto de quem tá no tóchico e correlatos). É só escolher, "O importante é molhar o dedo no molho sem tomar dessa sopa" - diria Washington.

Enquanto você se decide, perderei longo tempo pensando nessa questão assaz fundamental, prometo. Um dia eu chego lá. Amanhã mesmo vocês me encontrarão numa Casa do Norte, quiçá, numa mesa de miguxos. Amigos sarapateleiros.
Credo.



P.S.: Só espero que meu chefe não passe em frente ou vai pensar que eu como carpete.


Este post é um oferecimento de Clube do Sodoku
"Sodô ou num dô, ninguém tem nada com isso"

• "All I Want for Christmas is my two front teeth"

Cobro-me, sempre que estou prestes a reclamar (o que só não ocorre nas endoscopias - tênquiu, Valium!), se o motivo do meu queixume não é justamente um daqueles problemas que pedi pra Deus.
Existe uma sutileza aí que não dá pra traduzir em palavras sem parecer um desses excelentíssimos manuais de auto-ajuda da Madame Zorah. Mas não há mágica. Problemas são problemas e pronto. Como feras ciumentas: você têm de enfrentá-las antes que cresçam e se tornem as únicas entre tantas (sem urgência não seriam problemas; seria apenas a rotina de empurrar com a barriga, comum a todo bom cristão temente a Deus-pai Todo-Belicoso).
Nos problemas que você pediu pra Deus (já citei Ele três vezes, mais uma e me converto!), a diferença não está tom do Acaju nº5 do cabelo no ovo, e sim a vontade de penteá-lo. Você puxa, faz chapinha, escova bem e não sossega enquanto o gel não secar o pichaínho no lugar.
Porque gosta.
Porque liberdade, essa incomensurável e periquitante meta de todo bom punhetólogo, pra maioria de nós resume-se ao direito de escolhê-los. Não que problemas dêem a mínima pro livre-arbítrio (tudo bem, os EUA* também não), exigem uma resposta eficiente, sem léro-léro nem gudi náite mailóvi. Mas, se é pra pagar o preço, que seja o do brinquedo da cartinha ao Papai Noel. A tia-avó que enfie as meias de amigo-secreto no Ku-klux-klan.

Recuse transgênicos. Pepinos, só os da sua horta.


Este post hortifrutigranjeiro é um oferecimento de Bordel da Luzia
"Seu adultério faz nossa alegria"



* Pronto. Quatro vezes. Amém.

• Para (dis)pensar

ou
Tratado sobre o ritual de
Acasalamento dos Baiacus

OBS: Bote um (a) junto de toda palavra masculina.

Não é a paixão quem nos torna idiotas. É a teimosia.
Paixão é catalizador, superdimensão. Se você se tornou mais chucro(a) e cego(a) que mourão de cerca de mosteiro... surpresa! Você não se tornou, você É*. A Paixão não Fez nada.
A paixão é boa, no mínimo, por mostrar de que fibra (ou bagaço) somos feitos.
Durma-se com um barulho desses.

* Ou (otimismo sempre!) você Está. E viva a semântica.

quinta-feira, 20 de março de 2008

• DepoiMenthos ébrio do dia:




Prestigie você também!

• 5 dias de vida!

Parabéns!

Agradeço às centenas de milhares de leitores que nesse longo tempo prestigiaram este modesto blog.
Nestes cinco dias já contabilizamos 27 tópicos, o que numerologicamente falando significa que este blog, conforme exemplificado de modo sucinto pelo matemático Oswald de Souza, considerando que o pi radiano da tangente do mesentério ortomolecular da raiz de 5 somado ao 2+7 que é igual a 9, mais 5, igual a 14 que é 1+4 é novamente igual a 5, ou seja, é predestinado ao sucesso pela insistência.

Isto posto, nada justifica vossa preguiça em ler e comentar estas 27 grandes flores do Lácio.

↑ EXTRA! EXTRA! MUITA ATENÇÃO!

EXCLUSIVO!
Tenho recebido milhares de cartinhas psicografadas à Redação elogiando este incomensurável e periquitante blog, bem como seus tópicos deverasmente súperes supímpares.
Em nome do bom marketing (se você não sabe o que é isso, basta imaginar um Darth Vader vestido de noiva), é com imenso prazer que inauguro a Sessão DepoiMenthos (se você não gostar, beba com Coca e se exploda).
Teremos, semanalmente ou enquanto durarem os estoques, variados e regozijantes depoimentos de personalidades, celebridades e correlatos sobre este eloqüente, emoliente, vascularizante, eletrizante e (porque não dizer?) recalcinofolejante espaço de textos.

Aguardem!

• De ráuse is despenquêichon!

Por onde passo, vejo humores exaltados. Aqui, acolá, em mensagens de fumaça, em pequenas agressões diárias, em toques sublimados, em olhares esguios, mal trocados.
A casa a cair e o mundo vibra. Não necessariamente de alegria, mas vibra, essa torcida num Pacaembu lotado de emoções onde cada um tem um motivo (até o ambulante), ainda que não saiba. O que sabe, ou deveria saber, é que o jogo lá embaixo, no verde do mato vivo e pisado, tem regras bem próprias. Independem da torcida. Olha, nem cartola interfere muito, viu? Não dá pra comprar o Juiz porque ele saiu e deixou o gandula bêbado com o apito (o filho da puta é metido a carnavalesco, tem hora que apita só pra ver a paradinha da bateria).
Que faço eu além de gritar "óia o minduim torrado"?

A fome, mola propulsora do universo, quem diria... propulsiona rumo ao seu fim.
Pois pare de comer agora pra você ver onde dá. Pois é.

Quero ser glutão.
E você?

***

• Ensina-me a hora de deixar ir

Um dia fiz uma troca com a tesuda e boêmia Mamãe do Céu (que Deus a conserve gostosa como sempre): Troquei a boca da alma por um amor.

Eu sei, vai dizer que é tolice.
Jura? Não me interrompa, caraio.

Uatéver, assinei o contrato. Evoquei, disquei 9 para a opção desejada, teclei estrela pra falar com uma de Suas atendentes, aguardei na linha e formalizei o pacto. Diria Toquinho: um pinguinho de sangue caiu num pedacinho azul do papel, e num instante desci lindo e gaivoto pro inferno, de rappel.

Não sei se há alguma proteção jurídica nesses casos que impeça, em fórum apropriado e na devida comarca, que garotos estúpidos exerçam sua vocação. Eniuêi, assim fiz e pumba, a pilantrinha sorriu-me todos os dentes, enrolou o pergaminho e falou:
"Fio, sei lá que puêrra vou fazer com isso, mas como tô entediada, verei de novo esse filme".

Talvez tenha sido a novela do Manoel Carlos no Vale a Pena Ver de Novo, ou talvez Cérbero tenha comido novamente a Veja que o puto do Mercúrio sempre joga no chão da garagem, quiçá um Dejavu (que, você sabe, é apenas uma falha na Matrix); o ponto é que Ela prestou uma baita atenção no meu repertório.
Como eu sei disso? Cazzo, você faz muita pergunta pra alguém que nem posta nos comentários, hein?
Sabe o acaso, aquela coisa sem sentido que pinta por aí? Então. Quanto mais acaso, mais material pra você imaginar aquelas incríveis coincidências escritas nas estrelas. E ela, te digo, vomitou 30 arrobas de acaso ao dia.
O fato, cético e asséptico, é que forcei a minha cota de permissividade para além do acaso. "Déti zíti", como dizem os Homens-aveia: empenhei minha arte num mal negócio.

A gente faz dessas todo o tempo, é o tal risco de mercado (já que tá na moda usar economês até pra falar de sentimentos, bote-lo-emos juntamente do pé en la jaca). Você investe, avalia, arrisca e, vez por outra, ganha uns caramingüás ou descobre um novo rombo na sua poupança.

Conclusão(?): o mal negócio foi só isso mesmo e não me arrependo, dá até pra dizer que foi bom. Mas, imprestável e canalha como eu só, ando muito afim de rasgar o contrato. Eu sei que recebi o que pedi e o problema é só meu se não reparei que tinha pentelho nesse sabonete. Mas mesmo assim, não consigo deixar de lembrar das palavras da Boazuda me dizendo "o que que eu vou fazer com isso?".
Então, se Ela levou minha Arte só porque era o que eu tinha pra oferecer, será que não dá pra devolver?
Ao menos, emprestar.

Se bobear até empenho outra coisa, qualquer coisa.



Brincadeirinhaaaa hehehehe...

***

Sinto falta, muita falta da Arte. O que antes fluia até com exagero hoje parece-me um espasmo, um espectro qualquer destituido do sobrenatural. Dá pra imaginar um fantasma banal? Então.
Claro, a Voz encontra um meio de expor-se. Se for preciso trocar o veículo ela troca, não tem medo de metrô, trólebus nem tonquinha Bandeirante. Hoje eu falo a língua dos estrangeiros como se fosse minha. Mas sinto falta daquele meu sotaque, daquele sibilar labial tão típico de mim mesmo e que um dia cheguei a pensar que jamais perderia, posto que Eu mais do que meu. Uma arte natural confunde-se com o seu portador, mais ainda se precoce.

Meus otimistas acompanhantes de jornada sugerem que é apenas falta de treino - "é como andar de bicicleta": se voltar a pegar no lápis, a mão se lembra. Obrigado, Teletubbies tão amados, mas o cu da cascavel é mais pra perto do chocalho.
Num momento eu desenhava compulsivamente, 3, 4 vezes ao dia. No outro, parei, e parei pra valer. Anos. Um rompimento assim, seja qual for o motivo, tem seqüelas e entrelinhas que não dá pra ignorar com uma sentada no selim.
Por maior que fosse meu medo, nesses anos 'peguei no lápis' várias vezes, com mais carinho e zelo do que masturbação de pré-adolescente. É, hoje, para além da mão destreinada. O pânico não vem do tentar, vem do não sentir. Nunca precisei perguntar-me o que iria desenhar. Nenhum papel nunca esteve em branco até então, jorrava antes mesmo de ser posto na mesa. O ranger da ferrugem das veias e nervos é sintoma; a causa está lá, no grito oco da caixa-d'água.
Achei que tinha desapaixonado-me pela Vida, que só isso explicaria o sumiço da Arte. Mas, passada a amargura das desilusões, descobri-me na mesma volúpia pela existência que antes sentia. Aliás, minto, bem maior.

Mas ela não voltou. Jamais voltou.
Dá pra entender por que ainda espero?

quarta-feira, 19 de março de 2008

• Mais evidências da estupidez do blogueiro:

Pista nº3

Antítese do desabafo: fulanos nos blogs escrevem cifrado porque nunca se sabe quem vai ler. Que diário é esse?
C
omo diriam os Franciscanos:

"
Letisgôu nau bunó taguém!"

• Mimetismos nas relações

Quase tão colaterais quanto os crimes de guerra (uma piada, já que a guerra é um crime em si), as simbioses nos relacionamentos são como Gremlins: no começo são até bonitinhas, mas espera só a água cair pra tu ver no que se transforma.

Quando é que esse nós vira eles?
Não sei precisar. Mas sinto, não há dúvida, que os eus fazem falta.
Se, como diz meu poeta preferido, uma relação é sempre um trio (Eu, o Tu e o Nós - sempre mais que uma soma), me pergunto como seria a hipotética e democrática barganha diária nesse ninho tirânico:
- Até ser deposto, Nós sempre vence (pois é mais que um) e cada Eu que se lasque?
- Eu entra em acordo com o Tu, embora Nós desaprove?
- Eu bate com o Tu e o meio-Nós do Eu racha com o meio-Nós do Tu, sem desempate?
- Eu paga Mensalão para o Nós? Manda pro Paredón?

Maioria? Voto indireto? Socorro, George Bush!
Eus sem solidez dão bons alicerces?
Lá está o Tu que me enerva, o tal Vós com o voto de Minerva.
É por isso que sempre amo o Tu tanto quanto me irrita o Nós.
E a Praça dos Três Poderes virou piscinão.

Em todo caso, grato pela lisonja.

Entendeu? Nem eu.

• Mais evidências da estupidez do blogueiro:

Pista nº2
Trocentos tópicos sem nenhum comentário e o trouxa escreve um atrás do outro, compulsivamente, estimulando o leitor preguiçoso a não ler os anteriores.
C
omo diriam os chineses:

"
Assim vai Mao..."

• Regurgitações matinais: bom po papai, bom pa mamãe!

Trabalhar com comunicação é um 'exercício quântico': você nota a todo momento que o que tem em mãos é basicamente nada. E olha que dizer isso em plena Era da Informação soa pessimista ou, como diria a monja tibetana Condolência Reich, "demodê".

UADERRÉL?
Comunica-se o quê, afinal?
Mesmo aqui na net, essa Alexandria do Novo Milênio - esse desfile de 70% de pornografia, 15% de SPAM, 10% de papo furado que a ninguém interessa, 5% de conteúdo supostamente útil pero certamente ambíguo e 100% de ego pueril imperene - o que se vê?
Então. E não é por falta de espaço.

Meaculpa (ou "assim sim, mas assim também não")
Recorro a um velho mais-que-amigo, meu xangô predileto:
Então...
68 brigou pra poder falar... mas esqueceu o assunto? Ao menos serviu como tema de minissérie da Globo. Fica difícil ouvir o Brecht e pensar em vós com simpatia: vocês também estão aqui na mesma e não há virgem nesse bordel. Cobrar salto ornamental não é coisa pra quem nos tira o trampolim.

Contexto
Algum gênio lá atrás achou que era o máximo desconstruir as coisas (como se a entropia do universo por si já não o fizesse a contento). Pronto: foi seguido por mais um clã de gênios dos mais variados tipos, que desenvolveram tratados de auto-ajuda e magníficos quadros de Pomarolla com mijo e giz de cera do Basquiat.

TÁ. E?

Daí que hoje tudo é um grande cachimbo desenhado (que, vejam só, não é um cachimbo). Ora, minha Nossa Senhora da Endoscopia... estes brilhantes senhores acharam, assim por um acaso, que passar o dedo na fila das formigas faria com que encontrassem um caminho melhor?
Apostinha arriscada, hein?
Desse jeito não há Pompom com Protex que proteja o nenê.

Ah, os místicos...
Sim, tudo é Maya, ilusão, o nada que é tudo.
Tá. Relativize agora o seu IPVA. A bala na testa. A febre do filho. Você está em Maya. Você é Maya. Os Maias eram maya. Até o Nuno é leal maya. Então por que não parar de "masturbar o falo murcho" e, por puro pragmatismo inicial, aceitar que uma porra de um quadrado é uma porra de um quadrado*?
Você é parte deste sonho, portanto está imerso nas regras do tabuleiro, goste ou não. Sairá dele, independente de sua vontade e mais rápido do que imagina. E não pense nos Iluminados - eles não saem, eles entram de vez.
Que tal ignorar os pressupostos dos desconstrutores, o voltar atrás dos saudosistas e ouvir aquela voz de 3 bilhões de anos que jaz aí dentro? Assumir a vocação de ser humano, mais honesta que a atual. Tópas?
É. Nem eu.

Ainda assim, ater-se à própria escala não é tão ruim, principalmente enquanto você mal dá conta dela.


Falo pra você (opa!) mas o recado é pra mim também.

• Roa-se no túmbalo, Chopenrráuer

Lets rain ou the wet, como diriam os bosquímanos de Nova Iorque. Hoje vou discursar sobre o discurso. E tome aí um longo e redundante achismo pessoal, parcial e bestíssimo para brindar o seu dia, caro leitor.

Discursos são jogos, epítomes do orgulho ocidental de controle sobre a lógica dissertativa (ó pustaquelosparóla, falei bonito). Disputas dialéticas, contendas retóricas travestidas de diálogo.
Nada mais mentiroso do que a comprovação de tese instantânea pretendida por todo discurso. A ansiedade de quem tenta está certíssima - é pra ficar inseguro mesmo com uma presunção dessas. Formular uma grande equação, tão genérica quanto definitiva, sem tem em mãos todos os dados e variantes é algo típico de mentes que acochambram e arredondam as informações pra facilitar o manejo*. Até porque seria impossível. Então... pra quê?

Que bruta tédio, hein?
O problema da limitação é apenas o pirulito desse incomensurável dipilíque. O que trinca mesmo o osso do saco é a motivação oculta. Menos é mais não só na prolixia dos textos, mas também das idéias.
O cansaço traz aquela clareza sutil do que é esse joguinho e do porque é patético: discursos, sejam políticos, acadêmicos ou botequêmicos, ignoram o fonte de onde brotam - são cobertor para o pé frio da emoção, ceroula velha a cobrir o bilau da fome de dar a última palavra, de vencer o "oponente", de calar a todos. Sua realização é a oposta do diálogo: vibra-se lá dentro (e com cuidado, para ninguém notar) com a falência da discussão. É ego, reafirmação durante todo o percurso de queda entre a individualidade e o individualismo.
Bem... até aí, contradições e xavecos falidos (pleonasmo) temos todos. Se discursos são assim, se um tem de ser melhor que o outro, como um Highlander ébrio do raciocínio e última palavra numa discussão sem fim, então em nada diferem da nossa meta social subjacente, ou como diria Silvio Santos, do sonho de poder dizer "wood in the ass de quem morre em enchente pois eu acabo de ganhar a casa própria". Enfim, são um reflexo perfeito do que somos e do que não conseguimos ser. Muitos volantes, um carro só e nenhum acordo.
Estou cansado de discursos (inclusive os meus). Se você entende um pouco as palavras, percebe que basicamente versa-se o nada sobre o nada. Eu preferia o jogo do quem mija mais longe, quem tem o pai mais alto. Menos sofisticado mas dá na mesma, sem tanta dor de cabeça.
Talvez justamente por excesso de discurso e falta de diálogo aberto não se chegue a lugar algum.

***
Porra, Denis, uadefóqui?
Quem disse que alguém quer chegar junto a algum lugar que não seja ao orgasmo múltiplo com as dicas da MarieClaire?

Ah bão. Descuipa.
P.S.: Alguém tem essa edição do orgasmo pra me emprestar?

* Compare com o que foi dito na história do quadrado, no outro post... ou não.

• Sem chorumelas nº1

Lei = Imposição
Educação = Convencimento

Legal. Maaasss...

Se o convencimento não convence, o jeito é impor?
Na democracia, a concordância pelo convencimento dos legisladores cria a Lei que o impõe?

Está armado o ringue no qual patina-se por milênios.

Convença-se na marra.

terça-feira, 18 de março de 2008

• Mais evidências da estupidez do blogueiro:

Pista nº1
Uma gostosa oferece beijos na boca do blogueiro nos comments e ele se atém à partinência do comentário em relação ao tema.
C
omo diria o Papa Ratzinger:

"
É de cair o cu da bunda..."

• Blog: dados de pesquisa nº2

"Não importa o que você faça, ninguém (ouviu bem?), NINGUÉM postará comentários nos posts anteriores."

Emerson e Lakempalmer

Discordo veementemente da afirmação desta dupla eletrizante. Ocorre que os posts mais antigos têm uma áura, quiçá um charme especial, que os qualifica como intocáveis e intimida os leitores.
Talvez seja o fedor, não sei, ou a cara de "quem mexeu ali estava com a mão limpa?", mas o que importa é que, se não o fazem, é por um comedido respeito, como o daquele inglês que, diante de um mero sussurro do hino nacional, sorrateira e inconscientemente desliza sua mão direita ao peito.
Eu compreendo, senhoras e cenoures, vosso comedimento austríaco, e só não agradeço mais porque isso realmente me dá nos nêuvo.
E digo mais:



mais.

• Pergunta 'deveras sobremaneira' da semana:

Minha amiga e fofoqueira Kamilah, enquanto fazia um bolo verde comemorativo para a divertida Festa de Saint Patrick com a fralda do velhinho sob seus cuidados, disse-me que a mais nova novidade recente do orkut é que agora (pois se fosse antes não seria novidade), quando mudamos a opção de país para Estônia, o sistema libera recursos súperes supímpares tais como novos emoticons, recursos de audio e outras porcarias pra entulhar os scrapbooks dos miguxos. E eu não quero viver ignorante e marginalizado, assim como vocês (se houver afinidade, ófi córse).
Tal notícia absolutamente verdadeira e fundamental para o bom aproveitamento do meu cereal matinal levou-me à questão deveras sobremaneira da semana:

Quem nasce na Estônia é o que?

a) Estoneano

b) Estonense

c) Estone Temple Pilots

d) Rolling Estone

e) N.d.A.

Nossos atendentes estarão investigando esta questão estonteante.
Enviem suas respostas à Redação e participem-pem-pem.

segunda-feira, 17 de março de 2008

• Louvai Aria Giovanni

Este blog não é um espaço pornográfico (embora fale de política, entre outras sacanagens). Longe disso. Por isso mesmo, falarei de religiosidade.
Aria Giovanni (que, caso não saiba, é Deus) não é groselha vitaminada Milani, mas... Yahoo! É uma delícia no leite, no refresco e no lanche. Não duvido se tiver oito vitaminas e ferro.
A partir de hoje solicitarei Suas bençãos em todo momento onde fizer-se necessário, inclusive para ajudar-me a compilar o conteúdo difuso deste blog (quando da iminência de publicar este material num bestseller - a pedido dos leitores e para regozijo das editoras).

• Àquelas que jamais 'me ouvirão'

"O que é ruim de viver é bom de contar e vice-versa"
Ariano Suassuna

O poeta tem sempre dois pesos e duas medidas pra poder trabalhar: ou deliberadamente apreende todo e qualquer evento do 'acaso' e seleciona qual a magia que, entre todas, vale seu espasmo, ou escolhe ignorá-los em nome de vírgulas drops-de-fôlego e pontos-finais arbitrários.
As palavras soltas, como o rigor formal, estão sujeitas aos desmandos da alma que pensa-se livre (embora não controle o que a move). Algumas vezes estraga-se a poesia; noutras, estraga-se a fonte.
Se o poeta fluir seu espasmo por toda a magia (dizem, exatamente o que deveria fazer), deixará de poetar para viver, o que é sempre mais arriscado. Seu sofrimento simulado, ou fingidor como diria um dos bons, só é válido enquanto em si, jamais como substituto daquela via que o alimenta.

Whatever...
Alguns chamam de licença poética.
Eu chamo de medo.

E não importa.

• Blog: dados de pesquisa nº1

"Nos blogs... todos querem escrever, poucos querem ler e ninguém quer comentar."
Evo Morales

Discordo do sapientíssimo Evo, que dá pitaco sem ter blog.
Há, sim, um monte de miguxagem offtopic nos comentários!
Isso tudo corrobora minha teoria de que blogs são uma forma da galera esperta armar altos agitos e se meter em grandes confusões, como diria o locutor da Sessão da Tarde.


P.S.: não, caro leitor, este blog não está às moscas. Tanto elas quanto os milhares de leitores na verdade estão tão encantados com o conteúdo deste espaço que mal conseguem postar, apenas isso.

domingo, 16 de março de 2008

• Blog: Uaderrel aruí duim?

Pois é. Continuo com as minhas divagações acerca do tema blog.
Qual o barato? Por que fazer um? É um monólogo público, um desabafo online, algo assim? É mais do que isso? Nossas intimidades interessam a mais alguém (fora a da boazuda do Big Brother XVLMMIII)? Quem foi o gênio que achou uma boa publicar virtualmente um veículo de introversão? Quem foi o batráquio que rebatizou o finado diário como "blog"?

Tempos atrás, eu mesmo responderia dizendo que quem inventou tudo isso foi um comedor de curioso e pronto, mas hoje o contexto é outro. Ignore o conteúdo profuso pero improfíquo (fora o fato de perguntar isso tudo justamente num blog) e confira comigo no replay. Atenhamo-nos à questão deveras sobremaneira supersupimpa:

Ninguém perguntou
Embora eu goste de escrever (e só goste - sem nenhum outro mérito adicional), os foruns ainda me parecem mais agradáveis porque são conversas... ou, como diria Athaíde Patreze (que Deus o tenha simplesmente em luxo!): "simulacros de mesa de boteco".
Blogs me parecem monólogos da vida (até então) privada. Diferentemente das comunidades virtuais como o orkut onde, como todos sabem, discute-se o drama do existencialismo humano sob uma ótica adulta, tolerante, abrangente e engajada nas questões coletivas, entre outras coisas idiotas que dizemos para conseguir sexo e massagear o ego.
Mesmo assim, ainda tô tentando entender qual é a magia dos blogs, porque não conquistou tantos embora seja a nova coqueluche virtual, como diria Décio Pitinini ("Nova"? Essa onda já tem uns 5 anos ou mais, não?).
Bem... vamos ao olhar externo, lógico e imparcial como opinião de mãe. Por enquanto vi uns muito bem escritos; uns quase livros de contos de quem não tem grana pra publicar, uns temáticos cujos focos vão do filatélico ébrio ao filósofo social açougueiro, outros muitos que falam "hogi bejei moooito kkk" e mais umas trocentas tralhas que mal divertiriam voyeur acamado. E olha que pra dizer isso foi preciso fuçar com afinco, há muito blog péssimo na rede, como por exemplo o site da Veja.
Sinto falta da tal interação (não tanta para me fazer levantar "de féti éss" da cadeira e ir pra um bar, mas sinto).

E você (tem alguém aí?), o que acha?
Não vale dizer que é joínha e que o seu é o maximo só pra deixar o link.


Perca seu tempo e comente! As melhores respostas dos leitores estarão sendo selecionadas pelas nossas atendentes.