é absolutamente dispensável um diplomata
onde não há diplomacia alguma.
No próximo dia 15, vamos comemorar!
Este blog não teria conseguido sem vocês, leitores de UADERREL!
A todos, muito obrigado!
Já tratei desse tema tanto aqui quanto com alguns amigos...
Não sei se é uma limitação da palavra escrita, do meio ou o que for, mas... depois de tanto tempo trabalhando com comunicação, ainda fico surpreso...
A quantidade de mal entendidos que rola nos sites de redes sociais, MSNs, blogs e mesmo na imprensa é gigantesca. Além da importância óbvia, vale acrescentar que a molecada de hoje passa horas diárias na frente da net justamente nesses veículos (e não para estudar, como gostariam os otimistas - nem pra se masturbar, como pensariam os cínicos). Tá clara mais uma vez a nossa vocação pra comunicação, esse diferencial que nos levou ao que somos (para bem e para mal). A questão é: nunca se comunicou tanto sobre nada. Mas isso fica pra outro dia.
No momento o meu foco está na competência dessa fórmula de contato. As idéias, independente de seu conteúdo, vêm sendo transmitidas a contento? A infinidade de meios e quebra de fronteiras interferiu efetivamente no nosso entendimento mútuo?
Traduzindo: ainda falamos alho e entendem passaralho?
Num mundo construido, que depende de atos coordenados, eis mais um assunto entre as urgências prorrogadas. A primeira reação diante do problema da Interpretação de texto é pensar que o mundo tá fodido mesmo, tornou-se uma Babel de analfabetos funcionais, disléxicos, etc. Mas a gente sabe que não é bem assim.
A impressão que eu tenho (e o orkut me ajudou a formar essa visão) é que temos uma amplitude de sentimentos e idéias que as palavras simplesmente não abarcam, porque parte desses mesmos nós sequer temos consciência plena. Não à toa esses meios eletrônicos usam 'emoticons': as letras parecem não bastar.
Fulano diz 'casa' e vocês lêem 'casa', mas a Casa que imaginamos não é a mesma.
Que acentuação se usa para 'dar o tom'?
Esse é um desafio que até o García Márquez já confessou enfrentar.
Por outro lado... e quando se usa da ambiguidade, do cinismo e das entrelinhas? A subjetividade é praticamente a mesma da poesia, a interpretação é livre e depende de coisas que estão no limiar da comunicação (como o semblante) ou mesmo fogem desta (como o momento pessoal, intenções, conceitos prévios e associações).
Pra você, qual é o melhor meio de comunicação?
Sente-se plenamente capaz de manifestar-se, de ser compreendido e, principalmente, de compreender?
Não é que eu precise deles. Só quero estar sem precisar, entende?
Quero a troca, não preciso receber além.
Gosto do reconhecimento pela lealdade porque é raro. Porque é rara.
Desaguo palavras que ninguém quer ouvir, muitos talvez queiram dizer (mas não o fazem - ah, não o fazem), alguns compreendem e ninguém, ninguém quer arcar com as réplicas. E o faço por mim.
O direito às minhas contradições, tenho mas não usufruo... senão por acidente. Vem da 'condescendência' das pessoas, em doses variadas, dependentes de contexto. Desde que o que sou se encaixe em suas teorias.